quinta-feira, 30 de abril de 2015

EM HOMENAGEM AO DIA DA EDUCAÇÃO E DO TRABALHADOR GOVERNO PARANAENSE DEMONSTRA VALOR QUE DÁ AOS PROFESSORES

Relato de uma professora paranaense
Professor de Geografia do Paraná
"Existem momentos que gostaríamos de não ter vivido. É assim que me sinto hoje. Vi colegas professores no chão, desmaiados, sendo chutados pela PM, a mando do Secretário de Segurança, Francischini.
Os outros colegas tentavam ajudar, em vão, pois quando mais tentavam recuperar os feridos, mais bombas caiam sobre nós. Fomos massacrados durante duas horas. A PM armada de bombas de gás, spray de pimenta, treinamento militar, armas de fogo e nós? O que tínhamos para nós defender? Apenas a nossa voz.
Cercados não havia para onde correr. Mesmo encurralados com as mãos para cima as bombas não pararam. Um cenário de guerra. Vi funcionários públicos em choque, em histeria, chorando (não é fácil ver um ser humano ser pisoteado e não poder fazer nada).
Gritei a alguns soldados que estavam perto de mim "Ajudem! Vocês estão aqui para nos proteger". Imóveis eles apenas olhavam as viaturas. A ambulância não conseguia recolher os feridos.
Todos recuamos e buscamos abrigo na Prefeitura de Curitiba, onde outros paranaenses viam horrorizados a nossa dor e nosso desespero.
No carro de som, o comando da APP sindicato gritava, já com a voz, rouca: POLICIAIS NOS JÁ RECUAMOS, PAREM COM AS BOMBAS. Em vão, só pararam quando o Senador Roberto Requião subiu ao palco do carro de som.
Hoje nossa dignidade nos foi tirada. Nossa humanidade nos foi arrancada. Hoje fomos tratados como bandidos. E não como Profissionais graduados, com especialização, concursados e com anos de carreira. São 150 feridos (devido a tiros de borracha e mordida dos cães policiais), 8 em estado grave e suspeita de 2 mortes. Hoje temi por minha vida.
E senti vergonha de ser paranaense e viver em um regime de fascismo liderado por este que devia governar o nossa estado.

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